Ao contrário do período da seca, animais em pastejo durante as águas, normalmente, alcançam ganhos de peso médios superiores a 400 g/animal/dia. Nessa situação, qualquer tentativa de suplementação deve ser, exaustivamente, analisada em termos da meta a ser alcançada dentro de um determinado sistema de produção de carne.
Entretanto, apesar do aparente alto custo do ganho adicional a ser obtido com a suplementação das águas (entre 100 a 200 g por animal/dia), isto vai resultar em uma redução no período de engorda do animal, quer seja em pasto ou em confinamento, com possíveis retornos econômicos.
A suplementação nas águas pode ser feita com o uso de um sal protéico ou de um concentrado protéico-energético, com ofertas entre 2,5 a 3 g/kg de PV/animal/dia, o que pode adicionar cerca de 200 g no ganho normal da época de chuva.
Essa, portanto é uma fase em que devemos buscar o máximo de potencial produtivo na fazenda, com um plano nutricional criterioso, ou seja, iniciar a suplementação nas águas.
Mas será que podemos aproveitar ainda mais essa época do ano? É possível potencializar o ganho de peso dos animais?
Com toda a certeza, a suplementação nas águas melhora os índices zootécnicos, e promove uma redução na permanência dos animais no pasto, além de favorecer a terminação e primeiro partos de forma precoce.
No entanto, os suplementos devem ser analisados de acordo com o perfil dos animais, do sistema de produção e do pasto, pois a recomendação incorreta pode comprometer os resultados esperados.
Por: Dra. Natália R. Cesaretto
Fonte: Embrapa/Premix